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ERIVELTO BUSTO GARCIA . MÍNIMALÂMINA . TEXTO PARA 4ª CAPA

 

MÍNIMALÂMINA se nos apresenta como um todo: um livro com unidade, inteiro, redondo e que, embora comportando poemas seqüenciais, permite um transitar livre por suas páginas/suportes. Poemas-faturas que mostram grande familiaridade com a intersemiose explícita da poesia da Era Pós-Verso (apesar do verso). O autor, Erivelto Busto Garcia, transita do verbal ao visual em suas várias facetas. A palavra, considerada enquanto entidade sonora, semântica e gráfica/visual (onde comparece com força o elemento cor) faz tudo a caminho do esgotamento de suas possibilidades (e ele é um expert em tipografia - ou melhor seria 'tipomorfia'? - posuindo um ouvido também incomum): paronomásias, anagramas verbo-visuais, sugerindo movimento/animação/ processo/seqüencialidade. Explora, o autor-poeta, o que os grafemas trazem em potencial e demonstra naturalidade no manuseio de tais recursos e assume os resultados como POESIA. Doutro lado, o verbal enquanto sonoridade tem um peso considerável, a começar pelo título (belo) do volume. Dos anos 50, época em que a visualidade foi assumida/defendida como elemento estrutural do poema - e é da Poesia Concreta que estou falando - aos inícios do terceiro milênio dC, o visual se tem defrontado com situações adversas, mas se nos apresenta, agora, como uma possibilidade entre outras, Erivelto Busto Garcia se sente confortavelmente instalado: faz e o faz com a serenidade de quem já se insere numa tradição de rigor gráfico e ousadia. Além disso, sua poesia é daquelas que podem transitar pelos vários meios (media ou mídias, como se diz hoje no Brasil) sem perda da informação estética, da qual é portadora. Pede para estar na REDE, por exemplo. E é por tudo isso que posso dizer da  sua poesia: responde a exigências do hoje. Uma poesia atual, inclusive no lúdico que oferece. MÍNIMALÂMINA acrescenta algo ao corpus da poesia brasileira que, hoje, ainda experimenta. Arrisca (melhor dizendo). Salve! Omar khouri . SP junho 2004

 



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